II GALA DO SITEU

II GALA DO SITEU | 4º Aniversário

 

Teve lugar na “Quinta da Velha”, em Crestuma, a II Gala do SITEU. Por ocasião do 4º aniversário, o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos do Continente e Ilhas, reuniu, numa comemoração glamorosa, os seus associados para honrar a atividade sindical e os seus agentes ativos. Um evento que contou com a presença de Manuel Pizarro, Ministro da Saúde, Carlos Francisco, presidente da mesa da assembleia geral da Ordem dos Enfermeiros, em representação do Bastonário da Ordem do Enfermeiros, Luís Barreira e os representantes das seções regionais da Ordem dos Enfermeiros, Miguel Vasconcelos, zona Norte, Hugo Correia, zona centro e José Luís Santos, zona Sul.

 

O Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos do Continente e Ilhas celebrou o quarto aniversário. De modo a assinalar a data, tal como no ano anterior, foi realizada uma gala. Esta, denominada II Gala do SITEU, reuniu em Crestuma, na “Quinta da Velha”, a direção, delegados e associados. Um momento de comemoração do sindicalismo, do associativismo e das relações institucionais.

 

Gorete Pimentel, presidente do SITEU, deu as boas-vindas. No seu discurso, pautado pelo humanismo e sensibilidade, fez questão de deixar palavras de apreço e reconhecimento à “extraordinária equipa da direção do sindicato e à equipa incansável dos delegados”. Pessoas que “trabalham imenso, em regime de voluntariado, sem retirar qualquer dividendo pessoal”, antes pelo contrário, “pessoas que retiram da sua vida familiar e de lazer para dar ao associativismo e à profissão de enfermagem”. Sem esquecer todos os associados, pois “o SITEU existe, essencialmente, devido à sua massa associativa: os enfermeiros que confiam na equipa do SITEU, que permitem que ele exista”, afirmou.

 

Em retrospetiva, Gorete Pimentel recordou o percurso do SITEU e, com consciência, assumiu que “não foi uma jornada fácil, nem vai ser daqui em diante”. Ato contínuo, acrescentou que “cada desafio, cada dificuldade, cada obstáculo nos ensinou a persistir, passo a passo, com determinação e coragem”. É, por isso, com orgulho que o SITEU “olha ao redor com gratidão”, não apenas pelo que “conquistamos, mas também pelo espírito de união e camaradagem que nos sustentou ao longo do caminho”. Nessa linha, lembrou os pressupostos da criação do SITEU: “o sindicalismo do bem comum, do bem social, da melhoria das condições de trabalho, do entendimento com as instituições, da negociação honesta e com seriedade”; o sindicalismo “de proximidade com os enfermeiros, capaz de “defender os enfermeiros dos abusos que sofrem nos seus locais de trabalho”. O SITEU desenvolve o sindicalismo que “tem como percurso a afirmação da enfermagem como uma profissão essencial e devidamente valorizada”.

É com base nestes pressupostos que é possível assegurar “o excelente trabalho que o SITEU desenvolve” e faz com que “cada vez mais enfermeiros voltem a acreditar que é possível haver sindicalismo sério e que defenda com rigor os interesses profissionais”.

 

 

“INDEPENDÊNCIA CONFERE SERIEDADE”

 

Em representação da Ordem dos Enfermeiros esteve Carlos Francisco, presidente da mesa da assembleia geral. Foi através deste que o discurso de Luís Filipe Barreira, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, teve voz. Nessa linha, avançou que foi “um orgulho estar presente” na gala que assinala o 4º aniversário do SITEU, que considera ser “um marco importante num sindicato que tem contribuído para valorizar a luta dos enfermeiros”. Fez questão de relembrar “o contexto em que nasceu o SITEU”, de modo que se perceba “a firmeza dos passos que têm sido dados”. Vincou, ainda, que “o SITEU nasceu no contexto mais difícil da sociedade portuguesa e o mais desafiante em termos de saúde publica, nas últimas décadas”. Mais acrescentou, que o SITEU surgiu “com a promessa clara e irreverente de ser completamente independente” e, “só essa independência confere seriedade e liberdade para melhor servir os interesses dos enfermeiros”. A sua presença na II Gala do SITEU “significa que a Ordem dos Enfermeiros valoriza e respeita o trabalho sindical” e “está disponível para continuar a estabelecer pontes entre as diversas estruturas de trabalho que todos os dias lutam pela dignidade da profissão”.

 

ENFERMAGEM – PROFISSÃO CENTRAL NO PAÍS

 

Manuel Pizarro, ministro da saúde, à semelhança do ano anterior, marcou presença na gala que assinalou mais um aniversário do SITEU. No seu discurso, recordou a evolução da enfermagem, aos longo dos anos, e destacou as diferenças evidentes na profissão: “é muito importante lembrar que há um antes e um depois do 25 de Abril para os enfermeiros portugueses”. Tempos houve em que “a enfermagem nem sequer era um curso superior”. Foi o “25 de abril que consagrou a universalização da formação superior de todos os enfermeiros”. Muitas vezes, “no meio das dificuldades, dos problemas, das insatisfações que, legitmamente, muitos têm, achamos que o país não mudou nada, mas a realidade é que se modificou drasticamente com a democracia e com o Serviço Nacional de Saúde”.

Manuel Pizarro não poupou elogios à enfermagem, considerando-a “uma profissão central no país, essencial para o Serviço Nacional de Saúde”. Este enaltecimento não aconteceu por estar num evento de enfermagem, “mas porque é, verdadeiramente, a profissão cuja evolução foi mais espantosa, na comparação entre o ponto de partida e o ponto onde estamos hoje, não que outras não tenham tido evolução, mas não foi tão notável”.

Por fim, Manuel Pizarro manifestou que “este último ano e meio foi um ano favorável, onde houve evoluções”, todavia, não escondeu “que há muitas coisas a fazer num futuro imediato”. Para isso, é “necessário trabalhar com espírito de cooperação e, também, de reivindicação, de protesto e desacordo”, porque nenhum destes fatores deve ser excluído numa sociedade democrática. Foi neste seguimento que o ministro da saúde louvou o trabalho sindical desenvolvido pelo SITEU que, na sua perspectiva, se tem “afirmado por ser muito reivindicativo mas, ao mesmo tempo, muito disponível para, através do diálogo, conseguir chegar a soluções que permitam evoluir”, concluiu.