O SITEU, em conjunto com mais quatro estruturas sindicais de enfermeiros, convocou uma greve de cinco dias, para o final de abril e maio, pela revisão da tabela salarial e a criação de uma convenção coletiva de trabalho.
Perante essa decisão, teve lugar na sede da Federação de Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), em Lisboa, uma conferência de imprensa, que reuniu os principais órgãos de comunicação social.
Foi, desta forma, possível, dar voz ao movimento que uniu os sindicatos para “fazer do ano de 2024 o ano em que Portugal vai olhar para os enfermeiros”, assegurou Gorete Pimentel, presidente do SITEU. Nessa linha, explicou que “esta greve abrange todos os órgãos empregadores em que existam enfermeiros a trabalhar, setor público, social, privado, mutualista, defesa, justiça, entre outros, com exceção dos IPO”.
Perante várias reivindicações, destacam-se como motivações desta convocatória “a precariedade salarial que acompanha os enfermeiros há mais de 15 anos, sendo que a última vez que houve uma alteração da tabela remuneratória foi em 2009, com a revisão da carreira”, bem como “a revisão das convenções coletivas do setor privado e social”.
A par disso, é urgente “garantir a paridade salarial com os técnicos superiores das carreiras especiais da administração pública, como por exemplo os farmacêuticos”. Gorete Pimentel espera que esta mobilização conjunta seja, também, alavanca para “terminar a negociação do acordo coletivo de trabalho” e para que “seja aplicada a lei nas instituições públicas, que a própria administração pública produz”.
Requer-se, ainda, “uma posição da Ministra da Saúde para a resolução definitiva da precariedade da aplicação do DL 80 B, da situação dos enfermeiros especialistas e da tabela salarial dos enfermeiros”.
Em suma, este é o momento de “negociar, por completo, o “Memorando de Entendimento – Compromisso pela Enfermagem”, de forma progressiva e alargada.
O primeiro dia de greve está marcado para dia 26 de abril, na região Norte. Segue-se dia 29 de abril nos Açores, dia 30 de abril na Madeira, 2 de maio na região Centro e 3 de maio na região Sul.
Sempre Juntos!
PARIDADE NOS PROGRAMAS ELEITORAIS
A “Greve da Paridade”, levada a cabo pelos enfermeiros de 21 de dezembro 2023 até 2 de janeiro 2024, teve impacto real na vida política do país. Prova disso, são os programas eleitorais que contemplam as principais reivindicações desta paralisação. O SITEU manifesta satisfação perante a intenção e vai lutar para que a paridade com os técnicos superiores das carreiras especiais da administração pública seja uma realidade a curto prazo.
Como sindicalistas atentos, estamos cada vez mais convictos que, só́ com ações contínuas, conseguimos travar desigualdades e repor a dignidade que a profissão merece.
Recorde-se que a “Greve da Paridade” registou uma adesão entre 80% a 90% e que estas ações, têm o seu impacto, conseguindo produzir efeitos positivos; ACREDITAR é preciso !!!!!
Sempre Juntos!
