(fonte da imagem – Vatican News)


A finitude da vida deve lembrar-nos de sermos vozes, incomodas, do bem no mundo.
O Papa Francisco, primeiro Papa não Europeu, foi uma voz incomodada dentro da igreja.
Desde que o cardeal Jorge Bergoglio se tornou papa, passou a ser odiado por muitos, um dos seus mais ferozes críticos, o cardeal Burke, conforme as notícias dos jornais.
Mas ele manteve-se firme na forma e na ação.
Tornou a igreja inclusiva, para todos, independentemente da orientação sexual, da identidade de género, do estado civil, da religião…
Na sua vida, enfrentou um dos problemas maiores da igreja, as acusações aos padres e as condenações.
Foi um revolucionário, quiseram calar a sua voz, mas ele enfrentou os opositores do bem no mundo, com um só pulmão, com a voz quadrada, com oposição feroz, até em Portugal, por tantos quando cá esteve, com a desculpa do valor do palco.
Esta pessoa foi excecional na forma como pensou muito para além da sua “redoma”, e de como nunca se deixou influenciar pelo poder e pela oposição dos seus pares e mantendo as suas convicções.
São raras, muito raras estas pessoas que pontualmente surgem na sociedade, para trazer alguma evolução.
Que se tenha aprendido alguma coisa com este homem, num mundo em que se usa o medo para se controlar massas, que a morte de Papa Francisco nos ilumine o raciocínio e nos traga empatia.
Gorete Pimentel
Sempre Juntos